Esses últimos dias nao teem sido fáceis.
eu venho perdendo muitas pessoas, mas nao é por morte. eu simplesmente tenho desistido delas e nao fico triste com isso, mas com medo de nunca poder confiar em ninguém pq toda vez q eu confio eu quebro a minha cara.
To tao decepcionada comigo... de ser fraca.
As vezes eu acho que crio coisas na minha cabeça pra poder me afastar dessas pessoas, outras horas me sinto burra de ter sido enganada por elas. É bem chato e desanimador.
Terça feira é minha primeira consulta, estou numa ansiedade sem tamanho.
Eu me pesei e estou em 99kg, eu deveria estar pesando 103,5 para ter IMC 40, mas vamos ver no que dá essa pequena diferença. De jeans e tenis eu peso 100,5kg.
Eu fiz alguns calculos e observaçoes sobre outras mulheres que fizeram a operaçao e se seguir a média delas eu perderia 16kg no primeiro mes, 5 no segundo e depois entre 2 e 3 kg por mês. Em outras palavras em 4 meses eu perderia cerca de 27kg em 4 meses, pesaria 72kg. Eu nem me lembro quando eu pesei isso... faz tanto tempo.
Tô finalizando minha lista de coisas para antes e depois da cirurgia, bem pé no chão. Vou postar assim que acabar. Talvez essa noite já que passei o dia tomando coca-cola e raiva e tristeza misturada.
É isso.
sábado, junho 27, 2009
quinta-feira, junho 18, 2009
Ansiedade
Achei que não fosse vulnerável a ansiedade, pelo menos nesse caso. Mas estava bem enganada, a ansiedade ta chegando. Queria muito que a cirurgia fosse ainda hoje, mas ainda temos uns dias antes da primeira consulta, quanto mais para a cirurgia.
Tomei uma decisões em relação aquele problemas que mencionei no outro post, primeiro em relação ao trabalho acho que posso colocar alguém para trabalhar em meu lugar enquanto me recupero da cirurgia ou conversar realmente sobre a antecipação das folgas do próximo ano ou ainda até tudo esta certo o tempo seja exatamente oque falta para eu tirar essas folgas, de qualquer forma isso não vai impedir minha cirurgia. Não vou deixar com que meu emprego atrapalhe nisso. Por mais que eu agradeça a Deus por estar empregada o meu trabalho já usou e abusou da minha saúde mental e física e isso não vai me atrapalhar dessa vez.
Em relação aos meus pais, mesmo que eles não venham a apoiar, e eu realmente acho que meu pai não vá, eu não vou me prender a opinião deles. Minha mãe será mais aberta mesmo que não aceite ela vai apoiar e meu irmão também.
Em relação ao plano de saúde eu não vou me preocupar, se tiver algum empecilho irei dar meu jeito.
Tomei uma decisões em relação aquele problemas que mencionei no outro post, primeiro em relação ao trabalho acho que posso colocar alguém para trabalhar em meu lugar enquanto me recupero da cirurgia ou conversar realmente sobre a antecipação das folgas do próximo ano ou ainda até tudo esta certo o tempo seja exatamente oque falta para eu tirar essas folgas, de qualquer forma isso não vai impedir minha cirurgia. Não vou deixar com que meu emprego atrapalhe nisso. Por mais que eu agradeça a Deus por estar empregada o meu trabalho já usou e abusou da minha saúde mental e física e isso não vai me atrapalhar dessa vez.
Em relação aos meus pais, mesmo que eles não venham a apoiar, e eu realmente acho que meu pai não vá, eu não vou me prender a opinião deles. Minha mãe será mais aberta mesmo que não aceite ela vai apoiar e meu irmão também.
Em relação ao plano de saúde eu não vou me preocupar, se tiver algum empecilho irei dar meu jeito.
segunda-feira, junho 15, 2009
Primeiro passo
Hoje marquei minha primeira consulta cm um médico especialista em cirurgias bariatricas. Ouvi o nome dele atraves de pessoas conhecidas. Ele operou 4 pessoas de uma família que conheço, então eu vou nele no final do mês, daqui há 15 dias.
Preciso anotar as minhas primeiras perguntas senao esqueço. Sei que essa consulta pode não ser decisiva em relação a cirurgia ele pode me aconselhar outros métodos ou tratamentos.
Preciso anotar as minhas primeiras perguntas senao esqueço. Sei que essa consulta pode não ser decisiva em relação a cirurgia ele pode me aconselhar outros métodos ou tratamentos.
sexta-feira, junho 12, 2009
3 grandes questões a serem resolvidas
Hoje eu li mais alguns blogs de pessoas que fizeram a cirurgia, as histórias são sempre as mesmas, obesos cansados, sem disposiçao, tristes, decepcionados, mas com muita vontade de mudar a vida e é fantástico ver como a vida deles mudaram. Nao digo em fotos, mas até o jeito de escrever e relatar a vida fica melhor.
Não vou negar que tem dias que acordo e penso em morte. penso que estou partindo para uma saída arriscada demais, que é exagero, que vou morrer, que vou deixar minha família na pior.
Mas quando eu leio um blog de alguém e vejo o esforço enorme para se fazer uma cirurgia e ver os resultados dessas pessoas a cada dia é inacreditável. Dá muita vontade de sair daqui de casa nesse momento ir em um médico e operar amanhã mesmo. Infelizmente ou felizmente as coisas não são assim. Tenho notado que o processo é muito grande e começa muito antes da cirurgia.
Eu tenho 3 grandes questões a serem resolvidas e que podem gerar ainda mais tempo esperando a cirurgia.
Não vou negar que tem dias que acordo e penso em morte. penso que estou partindo para uma saída arriscada demais, que é exagero, que vou morrer, que vou deixar minha família na pior.
Mas quando eu leio um blog de alguém e vejo o esforço enorme para se fazer uma cirurgia e ver os resultados dessas pessoas a cada dia é inacreditável. Dá muita vontade de sair daqui de casa nesse momento ir em um médico e operar amanhã mesmo. Infelizmente ou felizmente as coisas não são assim. Tenho notado que o processo é muito grande e começa muito antes da cirurgia.
Eu tenho 3 grandes questões a serem resolvidas e que podem gerar ainda mais tempo esperando a cirurgia.
- Não tenho direito a férias, vou precisar negociar isso no meu trabalho, as folgas que tenho somam 20 dias e esse ano eu já tirei todas, isso quer dizer que a cirurgia só seria possível a partir de Janeiro de 2010.
- Não sei se o fato de ter 99 e nao 102kg vai me impedir de fazer essa cirurgia. Tudo indica que uma operaçao só é aceita pelo convênio se o IMC for a partir de 40 e no meu caso está em 38,7. Também li que IMC entre 35 e 39 é aceito se isso tiver associado com alguma doença. Eu tenho alguns problemas devido a obesidade mas nao chegam a ser doenças... ou serão? Esta ai uma dúvida grande que tenho.
- Família. Tenho uma família de magros. Somente meu pai e eu somos obesos... meu pai só se tornou obeso aos 40anos... Minha família tenho certeza que não irá aprovar minha vontade vou precisar tomar muito cuidado a anunciar minha decisao. Vou precisar do apoio deles e iclusive morar com eles na minha recuperação.
terça-feira, junho 09, 2009
Brevíssimo histórico
Com 9 anos comecei a engordar, lembro da minha pediatra comentar alguma coisa como a crise dos 40kg aos 9 anos, eu ficava de olhos arregalados, mas não sabia exatamente oque fazer, nem entender.
Desde pequena fui envolvida com jogos, brincadeiras, rua, escola. Sempre fui muito ativa em tudo que fazia, pratiquei vôlei dos 8 aos 18 anos sem parar. Fiz aulas de dança, handball, basquete e patins. Tudo relacionado a esporte me encantava, teve um ano no meu primeiro grau que até pensei em fazer educação física. Eu não me importava com o meu sobrepeso fisicamente, até então eu não deixava de fazer as coisas por causa de uns quilos a mais, mas meu lado psicológico já se demonstrava bem abalado por uma série de motivos. Ser a mais gordinha ou uma das mais gordinhas da turma me incomodava também, mas era um sofrimento interno e até pequeno.
Com o tempo a história ficou diferente, me sentia insegura, envergonhada de muitas situações, me reservava em casa, não me sentia feminina nem capaz de um dia ser. Quando me interessava por algum garoto eu ficava quieta sofrendo ate passar porque sabia que não teria nenhuma chance, a insegurança só aumentava a cada ano que passava, não somente por estética.
Acho que aos 14 anos tentei alguma coisa com uns meninos e pro meu espanto oque eu tentava não me rejeitavam, era uma mistura de surpresa com desconfiança. Era a insegurança batendo em mim e me fazendo achar a situação tão impossível que só poderia ser uma brincadeira de muito mal gosto.
Dos 14 aos 18 eu engordei tanto que não conseguia acreditar, ai tinha a desculpa dos hormônios que de certa forma fazia sentido já que eu não parava em casa por muito tempo de tantos jogos e cursos que eu fazia nessa época. Quando resolvia comer com alguma colega elas sempre magras comiam 2 ou 3 x mais doque eu e eu não entendia nada, comecei a fazer regimes que não resultavam em mais doque perder 2kg e ganhar 3kg.
Quando sai da escola e me vi sozinha de diversas formas já que nunca consegui criar uma amizade duradoura e por insegurança e outras questões eu entrei em uma depressão sem limites, me isolei da sociedade de tal forma que seria impossível tentar explicar a dor que tinha dentro de mim, o vazio. Até de entrar em um ônibus eu me desesperava por medo de pessoas era bem esquisito e forte.
Os vinte anos chegaram, eu sem amigos e começando uma profissão que me encantava, comecei uma faculdade e de certa forma eu melhorei um pouco. Mas ai eu passei a usar computador o tempo inteiro porque meus cursos e profissão exigia isso e foi nisso que eu concentrei minhas forças em estudar e trabalhar muito e por conseqüência ganhei tanto peso que comecei a freqüentar endocrinologistas, nutricionistas e tantos médicos que não conseguiria sequer listar.
Nessa época descobri um problema com minha tireóide e insulina além de coisinhas menores que contribuíam silenciosamente pro meu aumento inconseqüente de peso e lentidão em muitos aspectos. Aquela menina que treinava de 4 a 5 horas de voleibol por dia já não estava no meu corpo de forma nenhuma.
A insegurança continuava lá com todo potencial, mas eu conseguia controlar até o ponto de trabalhar e estudar mas não de me relacionar efetivamente com as pessoas.
Nessa época arrumei um namoradinho bobo que me encantava e me fazia sofrer tanto, me dediquei a ele muito tempo, mas nada sério pra ele sequer aquilo foi um namoro talvez um experimento, a coisa acabou da mesma forma como começou, do absoluto nada, até que eu sofri um bocado. Passou.
O tempo foi passando a faculdade e o trabalho me fez melhorar com a parte de relacionamento beirando a normalidade e enfim eu me permiti me apaixonada de verdade por uma pessoa linda que me fez a mais confusa, perturbada e apaixonada das pessoas. Terminamos em um período que não sei de onde tirei forças para mudar minha vida em muitos aspectos e cheguei a perder 15kg em 2 meses só na base da alimentação e exercícios, estava disposta a ser feliz sozinha ou acompanhada. Acho que nessa época cheguei mto perto do corpo que eu queria e que me fazia feliz.
Acabamos voltando a namorar e namoramos muito tempo, mas no final da relação passei por um momento de crise de insegurança e outros problemas tão fortes que aquela pessoa linda maravilhosa, se transformou em mais um na multidão cheio de julgamentos, preconceitos e defeitos. O apoio que precisei e dei quando ele precisou de mim foi negado.
Ao contrário da primeira vez que rompemos o fim do relacionamento não foi simples nem fácil, cheguei a fazer coisas que me envergonho, passei por um ano complicado cometendo absurdos com minha vida e saúde, me envolvendo com pessoas que em sua maioria não me acrescentaram em nada, até pensei que estava criando boas amizades, mas o tempo sempre comprova quais são aquelas que valem a pena.
Também confesso que me tornei intolerante e sem grandes expectativas em relação as pessoas. Simplesmente não consigo me envolver emocionalmente com mais ninguém, é difícil, mas tenho bons motivos. Espero que isso mude naturalmente.
Por mais melodramático que meu texto pareça eu não sou uma pessoa absurdamente fechada hoje em dia, e sequer me faço de vítima, muitos me acham até divertida, eu saio com colegas, tenho uma vida social pequena, mas hoje ela existe. Não tenho doque reclamar em relação a muitas coisas.
É complicado falar sobre tudo isso e obviamente que to resumindo tudo as mínimas linhas possíveis, a história das minhas crises foram muito forte pra mim, as minhas cismas e medos são tão absurdos que jamais conseguiria me expressar.
Conto essa história pra mostrar pra quem um dia puder ler que um obeso não é sempre uma pessoa que escolhe a situação, mas vítima de uma série de coisas, de situações. Depressão não é para qualquer um e às vezes mesmo com ajuda médica a coisa continua difícil e sim eu tive auxilio de ótimos médicos, psicólogos e psiquiatras além de familiares pra chegar até aqui e mesmo não satisfeita tento todo dia a melhorar.
Nesse último período engordei ainda mais, cerca de 17kg em 2 anos e estou a 2kg de entrar na obesidade mórbida. É triste e feio e é vergonhoso sim, as vezes me pego pensando o quão fraca eu fui em todos meus problemas.
Sei que minha obesidade vem das minhas fraquezas psicológicas, mas existem coisas que parecem ser mais fortes doque você durante um bom tempo.
Tem alguns meses, uns 8 meses que me sinto mais estável em relação a tudo, aos meus pensamentos e convicções e é mais ou menos há esse tempo que tenho colocado a gastroplastia como possibilidade de mudança de vida, ao contrário de algumas pessoas eu sei perfeitamente onde estou metendo meus pés, sei dos riscos, da possibilidade de complicações, mas eu também sei o quanto eu preciso desse recomeço mesmo que seja difícil sei que isso pode melhorar minha vida em todos os sentidos.
Sei que existem outros métodos para perder peso, mas sei também que já passei pela maioria deles.
Só estou tentando fazer da minha vida algo melhor e eu vou conseguir.
Desde pequena fui envolvida com jogos, brincadeiras, rua, escola. Sempre fui muito ativa em tudo que fazia, pratiquei vôlei dos 8 aos 18 anos sem parar. Fiz aulas de dança, handball, basquete e patins. Tudo relacionado a esporte me encantava, teve um ano no meu primeiro grau que até pensei em fazer educação física. Eu não me importava com o meu sobrepeso fisicamente, até então eu não deixava de fazer as coisas por causa de uns quilos a mais, mas meu lado psicológico já se demonstrava bem abalado por uma série de motivos. Ser a mais gordinha ou uma das mais gordinhas da turma me incomodava também, mas era um sofrimento interno e até pequeno.
Com o tempo a história ficou diferente, me sentia insegura, envergonhada de muitas situações, me reservava em casa, não me sentia feminina nem capaz de um dia ser. Quando me interessava por algum garoto eu ficava quieta sofrendo ate passar porque sabia que não teria nenhuma chance, a insegurança só aumentava a cada ano que passava, não somente por estética.
Acho que aos 14 anos tentei alguma coisa com uns meninos e pro meu espanto oque eu tentava não me rejeitavam, era uma mistura de surpresa com desconfiança. Era a insegurança batendo em mim e me fazendo achar a situação tão impossível que só poderia ser uma brincadeira de muito mal gosto.
Dos 14 aos 18 eu engordei tanto que não conseguia acreditar, ai tinha a desculpa dos hormônios que de certa forma fazia sentido já que eu não parava em casa por muito tempo de tantos jogos e cursos que eu fazia nessa época. Quando resolvia comer com alguma colega elas sempre magras comiam 2 ou 3 x mais doque eu e eu não entendia nada, comecei a fazer regimes que não resultavam em mais doque perder 2kg e ganhar 3kg.
Quando sai da escola e me vi sozinha de diversas formas já que nunca consegui criar uma amizade duradoura e por insegurança e outras questões eu entrei em uma depressão sem limites, me isolei da sociedade de tal forma que seria impossível tentar explicar a dor que tinha dentro de mim, o vazio. Até de entrar em um ônibus eu me desesperava por medo de pessoas era bem esquisito e forte.
Os vinte anos chegaram, eu sem amigos e começando uma profissão que me encantava, comecei uma faculdade e de certa forma eu melhorei um pouco. Mas ai eu passei a usar computador o tempo inteiro porque meus cursos e profissão exigia isso e foi nisso que eu concentrei minhas forças em estudar e trabalhar muito e por conseqüência ganhei tanto peso que comecei a freqüentar endocrinologistas, nutricionistas e tantos médicos que não conseguiria sequer listar.
Nessa época descobri um problema com minha tireóide e insulina além de coisinhas menores que contribuíam silenciosamente pro meu aumento inconseqüente de peso e lentidão em muitos aspectos. Aquela menina que treinava de 4 a 5 horas de voleibol por dia já não estava no meu corpo de forma nenhuma.
A insegurança continuava lá com todo potencial, mas eu conseguia controlar até o ponto de trabalhar e estudar mas não de me relacionar efetivamente com as pessoas.
Nessa época arrumei um namoradinho bobo que me encantava e me fazia sofrer tanto, me dediquei a ele muito tempo, mas nada sério pra ele sequer aquilo foi um namoro talvez um experimento, a coisa acabou da mesma forma como começou, do absoluto nada, até que eu sofri um bocado. Passou.
O tempo foi passando a faculdade e o trabalho me fez melhorar com a parte de relacionamento beirando a normalidade e enfim eu me permiti me apaixonada de verdade por uma pessoa linda que me fez a mais confusa, perturbada e apaixonada das pessoas. Terminamos em um período que não sei de onde tirei forças para mudar minha vida em muitos aspectos e cheguei a perder 15kg em 2 meses só na base da alimentação e exercícios, estava disposta a ser feliz sozinha ou acompanhada. Acho que nessa época cheguei mto perto do corpo que eu queria e que me fazia feliz.
Acabamos voltando a namorar e namoramos muito tempo, mas no final da relação passei por um momento de crise de insegurança e outros problemas tão fortes que aquela pessoa linda maravilhosa, se transformou em mais um na multidão cheio de julgamentos, preconceitos e defeitos. O apoio que precisei e dei quando ele precisou de mim foi negado.
Ao contrário da primeira vez que rompemos o fim do relacionamento não foi simples nem fácil, cheguei a fazer coisas que me envergonho, passei por um ano complicado cometendo absurdos com minha vida e saúde, me envolvendo com pessoas que em sua maioria não me acrescentaram em nada, até pensei que estava criando boas amizades, mas o tempo sempre comprova quais são aquelas que valem a pena.
Também confesso que me tornei intolerante e sem grandes expectativas em relação as pessoas. Simplesmente não consigo me envolver emocionalmente com mais ninguém, é difícil, mas tenho bons motivos. Espero que isso mude naturalmente.
Por mais melodramático que meu texto pareça eu não sou uma pessoa absurdamente fechada hoje em dia, e sequer me faço de vítima, muitos me acham até divertida, eu saio com colegas, tenho uma vida social pequena, mas hoje ela existe. Não tenho doque reclamar em relação a muitas coisas.
É complicado falar sobre tudo isso e obviamente que to resumindo tudo as mínimas linhas possíveis, a história das minhas crises foram muito forte pra mim, as minhas cismas e medos são tão absurdos que jamais conseguiria me expressar.
Conto essa história pra mostrar pra quem um dia puder ler que um obeso não é sempre uma pessoa que escolhe a situação, mas vítima de uma série de coisas, de situações. Depressão não é para qualquer um e às vezes mesmo com ajuda médica a coisa continua difícil e sim eu tive auxilio de ótimos médicos, psicólogos e psiquiatras além de familiares pra chegar até aqui e mesmo não satisfeita tento todo dia a melhorar.
Nesse último período engordei ainda mais, cerca de 17kg em 2 anos e estou a 2kg de entrar na obesidade mórbida. É triste e feio e é vergonhoso sim, as vezes me pego pensando o quão fraca eu fui em todos meus problemas.
Sei que minha obesidade vem das minhas fraquezas psicológicas, mas existem coisas que parecem ser mais fortes doque você durante um bom tempo.
Tem alguns meses, uns 8 meses que me sinto mais estável em relação a tudo, aos meus pensamentos e convicções e é mais ou menos há esse tempo que tenho colocado a gastroplastia como possibilidade de mudança de vida, ao contrário de algumas pessoas eu sei perfeitamente onde estou metendo meus pés, sei dos riscos, da possibilidade de complicações, mas eu também sei o quanto eu preciso desse recomeço mesmo que seja difícil sei que isso pode melhorar minha vida em todos os sentidos.
Sei que existem outros métodos para perder peso, mas sei também que já passei pela maioria deles.
Só estou tentando fazer da minha vida algo melhor e eu vou conseguir.
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