Lá estava eu, decidida, com medo do improvável, não por mim, mas pela minha mãe que tinha ficado no quarto aflita achando que a filha estava se arriscando demais por uma “bobagem”.
Entrei naquela sala, sentei, deitei na cama estreita, estiquei os braços e dormi.
Quando acordei já me senti diferente, horas depois vejo minha mãe com a cara menos tensa, caminhei...
Dali minha vida melhorou, a cada passo, a cada lance de escada, a cada olhada no espelho aprendi a me aceitar mais, de alguma forma eu me via de uma maneira melhor, mais aceitável, menos dura pelas auto-críticas, com medo dos julgamentos, mas sem nenhum arrependimento.
Os medos, os traumas, receios... sempre os mesmos, mas a confiança infinitamente melhor. Para o alto e além, meu bem... hahahaha
Rejeições, desencantos, caras quebradas... as mesmas frustrações, mas uma confiança que ainda não tinha experimentado.
Dias tortos, errados, melancolia, tristeza e por horas os resquícios de uma depressão que ainda não foi curada e talvez nunca seja, mas entrelinhas há esperança, alternativas que nunca tinha experimentado.
Um ano, e a mesma pessoa... mas com expectativas, com aquilo que chamo de ponta de auto-estima, com o que chamo de esperança. Não sei dizer exatamente esperança em que, mas ela existe e é tocável. Quem sabe nos próximos anos ou até dias eu descubra, mas só o fato de sentir me move.
E vamos... 365 dias aprendizado.
É como as meninas dizem, renascer... uma borboleta, uma transformação.... por maior que o clichê pareça, quem passa por isso aceita as palavras, uma transformação, dura, difícil, fácil de ser julgada e mal interpretada, mas ainda uma transformação.
Não me arrependo de absolutamente nada.
São 35kg a menos, sou a MESMA pessoa, só que com vontade de me aceitar.
Minha mãe não acha mais isso tudo uma bobagem.
Amanhã fotos...
2 comentários:
Puxa... sábias palavras, muito lindo!
Põe fotos mesmo, vc disse que iria colocar no dia 7... rs Beijos...
Obrigada pelo blog!
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