Hoje o dia foi extremamente errado, quando esses dias acontecem aparece na minha cabeça a cara do meu médico brigando comigo hehe. Nada demais também, me permiti alguns deslizes durante o dia, mas logo depois bate um arrependimento.
Ainda não comentei aqui, mas eu não tenho dumping com doces no geral. O único doce que me provocou um princípio de dumping foi a metadinha de brigadeiro de festa e já tem uns 2 meses e foi super rápido, um desconforto durante uns 5min. Também não dou muito mole, ainda nao tentei tomar sorvete por exemplo, mas alguns doces proibidões eu já belisquei e não passei mal.
Tenho medo dessa tolerância com doces. É como se a porta do mau estivesse aberta e me chamando huahuahua. Nunca fui fã de doces e tenho criado uma relaçao de amor e carinho por eles nesses últimos meses.
Por outro lado eu tenho tido reaçoes mais chatas com outros tipos de alimento. O arroz e o macarrão estão totalmente fora da minha dieta, simplesmente não consigo. Taí outra contradiçao, sempre fui muito fã de arroz e muito mais ainda de macarrão.
segunda-feira, março 29, 2010
segunda-feira, março 15, 2010
6 anos e 3 meses atrás + fotinha
Dezembro de 2003, exatos 6 anos e 3 meses que não tenho o meu peso atual (79,8kg). Sei essa informação porque estou revendo os meus laudos e as datas das minhas pesagens nos últimos anos, aliás essa tabela de pesagem dos últimos anos feita por um endocrinologista, foi fundamental para minha perícia liberar a cirurgia, recomendo às futuras operadas que enfrentarão burocracias de plano de saúde. Mais informações lêem meu histórico entre outubro e dezembro de 2009.
Mas voltando a pesagem...
Óbvio que há 6 anos eu já era bem gordinha, mas com o corpo mais em dia, mesmo fora do peso ideal eu não tinha barriga, celulite e derivados. Hoje a barriga esta presente e provavelmente eu vou precisar de correções no fim do processo de emagrecimento, acredito que daqui 2 anos eu entre na faca novamente, dessa vez estou receosa, medo de sentir dor, coisa que a cirurgia bariátrica não me proporcionou no pós-operatório. A dor que ainda sinto é na hora de engolir certos alimentos ou ao comer rápido, dói pra cacete... e tenho dito.
Minha saúde aparentemente está OK, amanhã vou fazer meu primeiro exame de sangue completo após a cirurgia, uma série de dosagens de vitaminas, hormônios e tudo mais. Tenho me sentido bem, porém já notei que minha imunidade está menos tolerante, tudo me afeta rapidamente. Já fiquei bem gripada 2 vezes ao ponto de precisar ir ao hospital, coisa que não acontecia há muito tempo, também aparecem manchinhas no corpo amareladas ou roxas, alguém me disse que pode ser uma reação a injeção de B12 eu não sei se é verdade. No geral são coisinhas pequenas, mas que merecem atenção.
O que mais me preocupa nesse pós, por incrível que pareça é o cabelo que está sumindo cada dia mais, há dias como hoje que entro em pânico ao ver o chão da minha casa CHEIO de cabelo. Isso merece um post específico e logo vou colocar aqui.
Sobre a auto-imagem eu ainda ando meio confusa, tem dias que me sinto menos gorda, um pouco diferente, tem dias que sinto que nada, absolutamente nada mudou e tem dias que me sinto ainda mais gorda do que antes de operar. É tudo muito confuso na minha cabeça, às vezes tenho medo de desenvolver algum distúrbio de imagem... sei lá.
Eu sei que emagreci, a balança e as calças caindo são uma verdade incontestável, mas eu me olhando no espelho gera confusão. As vezes vejo meu crachá da empresa (foto de 2 anos atrás) e não me reconheço de tão diferente que estou, mas no espelho é tudo tão confuso.
Bom vamos a primeira foto deste blog, ainda não consegui uma foto antiga e nem sei se vou me esforçar para encontrar. Mas essa sou eu 3 semanas atrás. Também não tenho tirado foto de corpo pq estou sem câmera no momento, só me resta a webcam.
bjks e obrigada pelos comentários de sempre =*
Mas voltando a pesagem...
Óbvio que há 6 anos eu já era bem gordinha, mas com o corpo mais em dia, mesmo fora do peso ideal eu não tinha barriga, celulite e derivados. Hoje a barriga esta presente e provavelmente eu vou precisar de correções no fim do processo de emagrecimento, acredito que daqui 2 anos eu entre na faca novamente, dessa vez estou receosa, medo de sentir dor, coisa que a cirurgia bariátrica não me proporcionou no pós-operatório. A dor que ainda sinto é na hora de engolir certos alimentos ou ao comer rápido, dói pra cacete... e tenho dito.
Minha saúde aparentemente está OK, amanhã vou fazer meu primeiro exame de sangue completo após a cirurgia, uma série de dosagens de vitaminas, hormônios e tudo mais. Tenho me sentido bem, porém já notei que minha imunidade está menos tolerante, tudo me afeta rapidamente. Já fiquei bem gripada 2 vezes ao ponto de precisar ir ao hospital, coisa que não acontecia há muito tempo, também aparecem manchinhas no corpo amareladas ou roxas, alguém me disse que pode ser uma reação a injeção de B12 eu não sei se é verdade. No geral são coisinhas pequenas, mas que merecem atenção.
O que mais me preocupa nesse pós, por incrível que pareça é o cabelo que está sumindo cada dia mais, há dias como hoje que entro em pânico ao ver o chão da minha casa CHEIO de cabelo. Isso merece um post específico e logo vou colocar aqui.
Sobre a auto-imagem eu ainda ando meio confusa, tem dias que me sinto menos gorda, um pouco diferente, tem dias que sinto que nada, absolutamente nada mudou e tem dias que me sinto ainda mais gorda do que antes de operar. É tudo muito confuso na minha cabeça, às vezes tenho medo de desenvolver algum distúrbio de imagem... sei lá.
Eu sei que emagreci, a balança e as calças caindo são uma verdade incontestável, mas eu me olhando no espelho gera confusão. As vezes vejo meu crachá da empresa (foto de 2 anos atrás) e não me reconheço de tão diferente que estou, mas no espelho é tudo tão confuso.
Bom vamos a primeira foto deste blog, ainda não consegui uma foto antiga e nem sei se vou me esforçar para encontrar. Mas essa sou eu 3 semanas atrás. Também não tenho tirado foto de corpo pq estou sem câmera no momento, só me resta a webcam.
bjks e obrigada pelos comentários de sempre =*
segunda-feira, março 08, 2010
3 meses
Tenho me sentido perdida no tempo. Como de costume classifico meus anos diante de acontecimentos significativos, mas os últimos meses tem sido de tantas novidades que estou perdida, como se estivesse em 2020. Eu até diria que seria como voltar ao tempo, aquele que era mais nova e me sentia mais viva, é isso eu me sinto mais viva e viajante do tempo, mais nova só que no futuro. Doidera! Não tente entender.
Eu poderia dizer que não lembro como cheguei no meu antigo peso, mas eu lembro de cada detalhe, uma ansiedade sem tamanho, uma tristeza irracional e quase incondicional, obviamente um monte de problemas hormonais auxiliaram, mas o espírito de toda a coisa era a depressão e tentar remediar com deliciosas doses de calorias. Comer nessas situações é maravilhoso, preenche de todas as formas, mas o efeito é mais rápido que se possa imaginar e a história se repetia, principalmente depois das 19h, um ciclo viciante e automático.
Nunca fui de comer muito na rua, meu problema todo era em casa. Depois que passei a viver só a coisa só piorou, preguiça dos saudáveis, preguiça da cozinha. Tão prático pedir um lanchinho, foi ai o arremate perfeito.
Muitas histórias no meio do caminho, alguns abandonos, algumas desistências, até enfim tomar coragem e encarar a situação. Sim, encarar e aceitar a obesidade, porque até então eu disfarçava tudo com um “tudo bem” bem fake.
Claro que existem muitas alternativas, muitos tratamentos, mas pra mim a cirurgia era inevitável, me conheço o suficiente para saber que senão tivesse essa opção eu ainda estaria da mesma maneira. Estudei, pesquisei, aprendi muita coisa antes mesmo de escolher um cirurgião. Fiz o dever de casa e até hoje não acho que cometi um absurdo, um risco ou alguma irresponsabilidade com meu corpo.
Hoje são exatos 3 meses e até aqui está tudo bem, só que agora é de verdade. São 20kg a menos que me deixaram mais confiante em coisas complexas e simples. Hoje não ando de cabeça baixa e isso faz toda a diferença.
De fato ainda não estou magra, semana passada me deram um folheto na rua para tamanhos maiores. Ontem mesmo fui em um bazar e uma senhora me chamou literalmente de gorda. Não estou magra, mas hoje isso é o que menos me preocupa. Já recuperei tantas pequenas coisas que ser simplesmente gorda não me incomoda, ser simplesmente fora do padrão não me importa.
Óbvio que quero ficar bonita, na maioria dos casos quem opera e só fala em saúde é hipócrita. Mas depois que a gente cresce dá pra entender como a saúde e bem estar reflete na nossa imagem.
Sinto que uma parte da minha meta foi concluída, aquela de recuperar o animo para correr atrás do que eu quero e consequentemente me sentir melhor e mais bonita.
É um novo ciclo viciante e automático.
Sei que estou no começo, sei que ainda há muito por vir, trocar alguns problemas de saúde por muita disciplina, do contrário novos problemas podem surgir. Mas o que importa é esse recomeço, essa ansiedade profunda de dar tudo certo.
Tenho uma história recente.
Essa semana fiz uma viagem rápida e nela usei uma mochila bem pesada com exatos 18kg, a mochila me incomodava de um tanto. Quando eu tirava das costas e andava sem ela por alguns segundo eu sentia um alívio tão grande, minhas pernas ficavam mais ágeis, minha coluna parava de doer, até meu humor melhorava e minha cara cheia de rugas pelo esforço ficava melhor. Quando me toquei percebi que aquela mochila ainda era um pouco mais leve do que aquele peso que carregava sem opção de descanso.
Por alguns minutos me senti envergonhada, por outros tantos minutos me senti aliviada...
Em números até aqui são:
- 3 meses de cirurgia
- 20.8 kg a menos
- Faltam 17.2kg para meta do ciurgião
- Número da calça saiu de 52 para 44 (quase 42)
- Salto alto saiu de 38 para 35
Eu poderia dizer que não lembro como cheguei no meu antigo peso, mas eu lembro de cada detalhe, uma ansiedade sem tamanho, uma tristeza irracional e quase incondicional, obviamente um monte de problemas hormonais auxiliaram, mas o espírito de toda a coisa era a depressão e tentar remediar com deliciosas doses de calorias. Comer nessas situações é maravilhoso, preenche de todas as formas, mas o efeito é mais rápido que se possa imaginar e a história se repetia, principalmente depois das 19h, um ciclo viciante e automático.
Nunca fui de comer muito na rua, meu problema todo era em casa. Depois que passei a viver só a coisa só piorou, preguiça dos saudáveis, preguiça da cozinha. Tão prático pedir um lanchinho, foi ai o arremate perfeito.
Muitas histórias no meio do caminho, alguns abandonos, algumas desistências, até enfim tomar coragem e encarar a situação. Sim, encarar e aceitar a obesidade, porque até então eu disfarçava tudo com um “tudo bem” bem fake.
Claro que existem muitas alternativas, muitos tratamentos, mas pra mim a cirurgia era inevitável, me conheço o suficiente para saber que senão tivesse essa opção eu ainda estaria da mesma maneira. Estudei, pesquisei, aprendi muita coisa antes mesmo de escolher um cirurgião. Fiz o dever de casa e até hoje não acho que cometi um absurdo, um risco ou alguma irresponsabilidade com meu corpo.
Hoje são exatos 3 meses e até aqui está tudo bem, só que agora é de verdade. São 20kg a menos que me deixaram mais confiante em coisas complexas e simples. Hoje não ando de cabeça baixa e isso faz toda a diferença.
De fato ainda não estou magra, semana passada me deram um folheto na rua para tamanhos maiores. Ontem mesmo fui em um bazar e uma senhora me chamou literalmente de gorda. Não estou magra, mas hoje isso é o que menos me preocupa. Já recuperei tantas pequenas coisas que ser simplesmente gorda não me incomoda, ser simplesmente fora do padrão não me importa.
Óbvio que quero ficar bonita, na maioria dos casos quem opera e só fala em saúde é hipócrita. Mas depois que a gente cresce dá pra entender como a saúde e bem estar reflete na nossa imagem.
Sinto que uma parte da minha meta foi concluída, aquela de recuperar o animo para correr atrás do que eu quero e consequentemente me sentir melhor e mais bonita.
É um novo ciclo viciante e automático.
Sei que estou no começo, sei que ainda há muito por vir, trocar alguns problemas de saúde por muita disciplina, do contrário novos problemas podem surgir. Mas o que importa é esse recomeço, essa ansiedade profunda de dar tudo certo.
Tenho uma história recente.
Essa semana fiz uma viagem rápida e nela usei uma mochila bem pesada com exatos 18kg, a mochila me incomodava de um tanto. Quando eu tirava das costas e andava sem ela por alguns segundo eu sentia um alívio tão grande, minhas pernas ficavam mais ágeis, minha coluna parava de doer, até meu humor melhorava e minha cara cheia de rugas pelo esforço ficava melhor. Quando me toquei percebi que aquela mochila ainda era um pouco mais leve do que aquele peso que carregava sem opção de descanso.
Por alguns minutos me senti envergonhada, por outros tantos minutos me senti aliviada...
Em números até aqui são:
- 3 meses de cirurgia
- 20.8 kg a menos
- Faltam 17.2kg para meta do ciurgião
- Número da calça saiu de 52 para 44 (quase 42)
- Salto alto saiu de 38 para 35
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